O ano de 2026 trará novas mudanças nas regras de aposentadoria do INSS, principalmente para quem ainda está nas regras de transição criadas após a Reforma da Previdência. A cada ano, a idade mínima e a pontuação aumentam gradualmente, o que pode adiar o direito ao benefício para milhares de segurados.
Por isso, entender como funcionam essas alterações, quem sofrerá com elas e se ainda há tempo de garantir a aposentadoria com as regras atuais é essencial para não ser pego de surpresa.
Neste guia, você vai descobrir o que muda em 2026, como calcular o tempo que falta e tudo o mais que você precisa saber sobre isso. Portanto, não deixe de ler até o final e esclareça suas dúvidas.
O que muda nas regras de aposentadoria em 2026?
A cada ano, as regras de aposentadoria passam por pequenas atualizações previstas na Reforma da Previdência de 2019. E em 2026 não será diferente. As principais mudanças têm relação com o aumento da idade mínima e da pontuação para quem ainda está nas regras de transição.
Isso significa que quem está perto de se aposentar precisará trabalhar um pouco mais ou contribuir por mais tempo para atingir os novos requisitos. A intenção do governo é equilibrar o sistema previdenciário diante do aumento da expectativa de vida. Mas, na prática, essas mudanças podem adiar o tão esperado benefício.
Por isso, é fundamental acompanhar as atualizações e simular o seu tempo de contribuição com base nas novas regras, evitando surpresas.
Como funciona a regra de transição por pontos e idade mínima?
As regras de transição foram criadas para quem já contribuía antes da Reforma, em 2019, e ainda não tinha direito adquirido. Em 2026, a regra de pontos (soma da idade com o tempo de contribuição) exigirá 103 pontos para homens e 93 para mulheres.
Já na regra da idade mínima, a exigência sobe para 63 anos para mulheres e 65 anos para homens, com o tempo mínimo de contribuição de 15 e 20 anos, respectivamente.
Esses ajustes acontecem gradualmente, ano a ano, até atingirem o limite definido pela Reforma.
Aposentadoria por tempo de contribuição ainda existe?
Após a Reforma da Previdência, a aposentadoria exclusivamente por tempo de contribuição deixou de existir para quem começou a contribuir depois de novembro de 2019.
No entanto, quem já estava no sistema antes dessa data ainda pode se beneficiar das regras de transição, que consideram o tempo de contribuição como parte do cálculo.
Ou seja, o tempo ainda conta, mas precisa combinar com a idade ou com a pontuação mínima. Assim, é possível encontrar o equilíbrio ideal entre tempo de contribuição, idade e valor final do benefício.
Aliás, um bom planejamento previdenciário pode revelar a regra mais vantajosa e até antecipar o acesso à aposentadoria, dentro da legalidade.
Quem será mais afetado pelo aumento da idade mínima?
As pessoas que começaram a contribuir jovens e que estão próximas da aposentadoria, mas ainda não atingiram, sofrerão mais fortemente o impacto.
Isso ocorre porque o acréscimo anual da idade mínima obriga o segurado a trabalhar mais tempo, mesmo já tendo completado o período de contribuição.
Mulheres com carreiras longas e trabalhadores que contribuíram com intermitência (como autônomos ou rurais) também sentirão mais os efeitos dessas mudanças.
A boa notícia é que, com orientação técnica, é possível planejar a aposentadoria de forma estratégica, aproveitando lacunas de contribuição, períodos rurais ou especiais, e evitando atrasos desnecessários.
Como calcular o tempo que falta para se aposentar com as novas regras?
Como vimos, com as mudanças anuais nas regras de transição, é essencial saber quanto tempo ainda falta para alcançar o direito à aposentadoria.
O cálculo deve considerar:
- O tempo total de contribuição ao INSS;
- A idade atual do segurado;
- E a regra de transição em que ele se enquadra (por pontos, idade mínima, pedágio de 50% ou 100%).
Essas informações podem ser verificadas no Meu INSS, mas é importante ter atenção, pois o sistema nem sempre contabiliza períodos especiais, rurais ou contribuições antigas corretamente.
Assim sendo, o ideal é realizar um cálculo previdenciário completo, com conferência de vínculos e simulações das diferentes regras. Dessa forma, é possível descobrir qual opção garante o melhor valor e o menor tempo de espera.
É possível antecipar a aposentadoria antes da mudança?
Sim, em alguns casos, ainda dá tempo de se aposentar antes da nova atualização das regras. Isso depende de o segurado já ter atingido os requisitos de uma das regras de transição que valem até o final de 2025.
Por exemplo, quem completar a pontuação ou a idade mínima neste ano pode protocolar o pedido no INSS e garantir a aplicação das condições atuais, mesmo que o benefício só saia meses depois.
Essa estratégia é chamada de “direito adquirido”, e pode representar uma grande economia de tempo e aumento no valor da aposentadoria.
Por isso, quem está perto de se aposentar deve agir com rapidez, pois um cálculo bem feito e o protocolo no momento certo fazem toda a diferença.
Por que contar com um advogado previdenciário é essencial neste momento?
As regras de aposentadoria estão cada vez mais complexas, com diferentes cálculos, transições e exceções. Um advogado previdenciário é o profissional que pode analisar o histórico completo de contribuições, identificar erros no CNIS e indicar a regra mais vantajosa para cada caso.
Além disso, o especialista orienta sobre formas legais de antecipar o benefício, corrige inconsistências no cadastro e evita prejuízos com pedidos indeferidos ou valores incorretos.
Com as mudanças previstas para 2026, o momento ideal para revisar o planejamento é agora. Afinal, uma análise técnica pode garantir tranquilidade, segurança e um benefício justo no momento da aposentadoria.
Leia também: Aposentadoria rural 2025: guia completo e atualizado sobre o benefício
Siga nosso Instagram: @pereiraeprates
